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Oscar avisa que a camisa 10 da Seleção não tem dono !

sábado, 16 de junho de 2012

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Oscar se destacou com a camisa 10
da Seleção Brasileira nos últimos amistosos

Odiado por são-paulinos, amado por colorados e na luta para conquistar todos os brasileiros. Esse é Oscar.
Após brigas judiciais com o São Paulo – que duraram do fim de 2009 até maio deste ano, firmou-se como titular do Internacional, está na Seleção Brasileira e vive grande fase.
Ao lado de Neymar, Paulo Henrique Ganso e Lucas, é esperança para a conquista da medalha de ouro olímpica em Londres e para o título da Copa-2014.
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Um dos destaques da Seleção Brasileira na série de amistosos no início do mês, Oscar já deu o aviso: a camisa 10 não tem dono.
Ele não fala isso com arrogância. O meia confia em seu potencial. Mesmo jovem, é firme em suas declarações e não foge das perguntas. Até sobre o ex-time.
Oscar atendeu o LANCENET! antes de um treino do Colorado na última quarta-feira, em Porto Alegre. Seleção, Inter e São Paulo foram os assuntos.
LANCENET!: Como ficou sua cabeça com a briga judicial com o São Paulo, que durou mais de dois anos?
Oscar: Eu queria voltar a jogar o mais rapidamente possível, só pensava nisso. Mas toda hora resolviam uma coisa, mudavam outras, e isso foi me deixando na expectativa de voltar logo. Demorou um pouquinho, mas está tudo resolvido. Posso jogar tranquilo agora, graças a Deus.
LNET!: Você nunca escondeu que não gostaria de voltar ao São Paulo. Por que tanta mágoa com o clube?
O: Não queria deixar o Inter e voltar para o São Paulo, de jeito nenhum. Fizeram tudo para ficar comigo e eu queria continuar aqui. Meu problema no São Paulo foi com a atual diretoria do clube, não queria voltar. Mas isso agora já é passado.
LNET!: Você correu o risco de ficar um longo tempo sem jogar. Preferia ficar parado a voltar para o clube?
O Acho que dificilmente ficaria sem jogar. Deixei claro que não voltaria ao São Paulo. Sempre tive a certeza de que tudo seria acertado.
LNET!: O que aconteceu para você querer deixar o São Paulo?
O: Meu contrato estava irregular e tinha algumas coisas enroladas. No começo, achei que não demoraria tanto para se resolver (veja detalhes do caso abaixo).
LNET!: Por que o São Paulo brigou tanto pela sua permanência?
O: O São Paulo sabia que estava perdendo um grande jogador. Eu já era profissional, estava entrando nos jogos, jogando bem. Era novo, tinha 17 anos. Também sabia que poderia me tornar um grande jogador. Mas eles têm de me esquecer, têm outros jogadores para se preocupar.
LNET!: Por que o clube só passou a dar chance para os jogadores formados na base após sua saída?
O: É, foi isso mesmo que aconteceu. Engraçado, não? Só foi eu sair para o São Paulo começar a colocar os meninos da base. Faz parte...
LNET!: Você poderia estar entre eles hoje. Sente raiva por conta disso?
O: Não tive raiva. Fiquei até feliz. Abri as portas para os outros meninos aparecerem. O São Paulo gostava de apostar em jogadores mais velhos, mais rodados. Com a minha saída, mudou um pouco a filosofia. Meninos como Lucas e Casemiro surgiram e têm jogado muito bem.
LNET!: Como você avaliava essa filosofia do São Paulo na época?
O: Cada clube tem uma filosofia. No fim, ela deu certo e o São Paulo foi campeão brasileiro em três oportunidades. Não tinha como apostar na molecada da base, era complicado. Não fiquei chateado com o São Paulo, sabia que estavam certos naquele momento. Depois disso, o clube foi deixando de conquistar os títulos e começou a apostar nos garotos. Nunca fiquei chateado com essa situação. Todo menino quer jogar, mas é preciso ter paciência.
LNET!: Agora, com tudo resolvido, jogaria pelo São Paulo no futuro?
O: Ah, não tem como falar se voltaria ou não. Tudo pode acontecer. Se um dia eu sair para a Europa, pode acontecer de voltar. Se isso acontecer, lógico que vou preferir conversar primeiro com o Inter, onde deslanchei. No futuro, outro presidente pode estar no São Paulo, ainda pode ter sobrado algum amigo. É, pode acontecer no futuro.
LNET!: A revolta é somente com a atual diretoria do clube, então?
O: É, é... Mas não vou citar nomes, não. Meu problema foi com toda a diretoria, não só com a principal, mas com a da base também.
LNET!: O que eles fizeram para você ter essa mágoa? Trataram você mal?
O: Eles me trataram mal quando souberam que eu podia sair. Eles não queriam conversar. Antes de entrar na Justiça, fiquei dois ou três meses tentando conversar, mas ninguém me atendia. Esse foi o principal motivo da saída. Queria conversar sobre os erros do meu contrato e eles não davam as caras.
LNET!: Alguém no clube ajudou você durante todo esse período?
O: Muricy (Ramalho) sempre me tratou muito bem, foi ele quem me subiu para o profissional. Ele me ajudou. Deixei grandes amigos lá. Muita gente me apoiava. Na época, Rogério (Ceni) conversou comigo e pediu paciência. Enfim, o problema era com a diretoria mesmo.
LNET!: Por que você estourou em pouco tempo no Internacional?
O: O Inter me acolheu muito bem e eles sabiam do meu potencial desde o começo, me preparei bem no primeiro ano e, no segundo, me tornei titular. Aí, me destaquei e ganhei chances na Seleção. O trabalho aqui está sendo muito bom.
LNET!: Você vale os R$ 15 milhões que o Inter pagou ao São Paulo?
O: Não é questão de valer ou não R$ 15 milhões. Com certeza, já fiz valer essa quantia ao Inter. Mas tenho muito mais para oferecer. Esse era um valor que o São Paulo não abria mão de receber, mas também não sei se foi o melhor para eles.
LNET!: Você pode fechar o ano com a medalha de ouro na Olimpíada e a taça do Brasileiro. O São Paulo vai ficar com remorso?
O: Acredito que eles não vão pensar nisso. Em todo caso, devem se preocupar com os jogadores que estão lá. Eles precisam me esquecer, já estou em outro clube. Meu ano será maravilhoso se ganhar a Olimpíada e o Brasileirão.
LNET!: Você se considera o principal destaque dos últimos amistosos da Seleção Brasileira?
O: Foi um período de quatro jogos muito bons. Com certeza, fiz um trabalho bom e aproveitei as chances Agora, preciso voltar a trabalhar com força no Inter.
LNET!: Foi tão bem assim?
O: Lógico, lógico. Sei que fui bem e pude mostrar um bom trabalho. Joguei bem até nas derrotas.
LNET!: Já desbancou o Ganso?
O: A Seleção ainda não tem um camisa 10, ela não é do Ganso. Existe essa dúvida. Pode ser eu, pode ser o Ganso, o Kaká... O mais importante é estar entre os titulares, e não importa que seja com a 10.
LNET!: Está pronto para ser esse 10?
O: Lógico. Mostrei que posso ser o camisa 10, o titular do meio de campo desta equipe. Estou pronto e Mano (Menezes) sabe disso.
Como foi o clima no vestiário após a derrota para a Argentina?
Não ficamos chateados por termos perdido. Ficamos tristes por saber que poderíamos ter ganhado o jogo facilmente. Perdemos muitos gols. Infelizmente, não soubemos administrar a partida.
LNET!: Depois de um jogo tão disputado, espera por uma revanche?
O: É sempre bom conseguir ganhar da Argentina. É sempre uma partida muito equilibrada.
LNET!: Como você analisa essa atual safra de jogadores da Seleção?
O: Estamos com uma geração muito boa e o nosso time é muito forte. O Brasil todo viu que estamos criando uma cara, um time. Jogamos de igual para igual contra o time principal da Argentina. Jogamos contra equipes que atuam na Copa do Mundo, como o México, os Estados Unidos. Conseguimos atuar melhor em todos os jogos. Acredito que vamos chegar muito bem na Olimpíada, com certeza.
LNET!: Pelas boas atuações, está garantido na Olimpíada?
O: Acho que ninguém está garantido na competição ainda.
LNET!: Nem mesmo Neymar?
O: Acho que ninguém está garantido, tudo pode acontecer e alguém pode se machucar. Lógico que Mano já tem uma equipe base, mas precisamos ter os pés no chão e continuar trabalhando.
Oscar nos tempos do São Paulo e agora no Inter
(Fotos: Rubens Chiri/SPFC e Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
Números:
14 Partidas
Disputou Oscar pelo São Paulo, uma como titular. O meia não conseguiu fazer gols pela equipe.
66 Jogos
Tem o jogador desde sua chegada ao Internacional. Até agora, ele marcou 18 gols. Sua estreia foi no dia 15 de agosto de 2010, na derrota por 3 a 0 para o Fluminense, pelo Brasileirão.
6 Partidas
Disputou Oscar pela Seleção principal. Ele marcou seu único gol na derrota por 4 a 3 para a Argentina, no dia 9 de junho. São quatro jogos com a camisa 10.
Confiança de Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira:
“A camisa 10 caiu bem nele. Oscar realmente é um dos que devem disputar a Olimpíada, mas espero que o Ganso também. É melhor ter dois ótimos atletas. Assim os vejo, na equipe”
A saída do São Paulo:
O começo do conflito
Em 18 de dezembro de 2009, Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo. Ele alegou que, com 16 anos, foi coagido pela diretoria a assinar um contrato válido por três anos, o que é proibido pela Fifa. Ele ainda reclamou atraso de salários e FGTS.
Disputa e novo clube
Foram cerca de seis meses entre tentativas de acordo. Em junho de 2010, ele conseguiu a liberação do clube e assinou com o Internacional.
Reviravolta
Em fevereiro deste ano, o São Paulo retomou os direitos econômicos de Oscar após uma decisão judicial no TRT-SP. A CBF acatou e registrou o atleta no clube. O meia se recusou a voltar e o Tricolor paulista deu um prazo de 90 dias para o retorno. Nesse período, o Tribunal Superior concedeu um habeas corpus para o atleta poder voltar a jogar pelo Inter.
Fim da novela
Em 30 de maio, o Internacional entrou em acordo com o São Paulo e acertou o pagamento parcelado de R$ 15 milhões pela rescisão contratual mais perdas e danos.

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