Em noite de muita disputa e pouco futebol, Náutico e Cruzeiro ficaram no 0 a 0 nos Aflitos. As duas equipes se entregaram no jogo e fizeram uma partida equilibrada, apesar de tecnicamente muito fraca. O time da casa, no entanto, foi o que esteve mais perto da vitória na segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Chegou a pressionar no segundo tempo, perdeu três chances claras de gol. No entanto, esbarrou na Raposa de Celso Roth, que, quando não parou o adversário na marcação, contou com o bom momento do goleiro Fábio.
Tanto Náutico quanto Cruzeiro buscavam a primeira vitória - o primeiro fora derrotado pelo Figueirense, e o segundo ficara no empate com o Atlético-GO. Pernambucanos apostavam na força do mando de campo e no individualismo de Araújo, que deu trabalho em alguns momentos. Mineiros tinham a estreia do volante Tinga e acreditavam no congestionamento do meio-campo para encontrar um lance de gol. As duas estratégias até estiveram perto de funcionar, mas não passaram da ameaça.
- Tivemos muitas chances, mas não conseguimos marcar. Infelizmente, não vencemos, mas mostramos um bom futebol.
Para o atacante Wellington Paulista, o grande problema do Cruzeiro foi o gramado, que ele considerou impraticável.
- O Cruzeiro foi muito bem e mostrou muita determinação, mas foi prejudicado pelo gramado, que é muito ruim.
Na próxima semana, o Brasileirão dará um tempo por conta dos amistosos da Seleção Brasileira. A bola voltará a rolar no dia 6 de junho, uma quarta-feira, quando o Náutico irá ao Rio de Janeiro, onde encara o Vasco, às 20h30m (de Brasília), em São Januário. Já o Cruzeiro jogará na quinta-feira, também no Rio de Janeiro, contra o Botafogo, às 20h30m, no Engenhão.
Alexandre Gallo mostra seu lamento durante empate nos Aflitos
Muita briga, poucas chances de golAos que esperavam um jogo muito pegado nos Aflitos, os primeiros minutos mostraram que os prognósticos estavam certos. A briga no meio-campo era grande, e muitas faltas foram marcadas. Foi justamente em uma, na entrada da área, aos três minutos, que o Náutico teve sua primeira chance. Após estourar na barreira, a bola sobrou para Ronaldo Alves, que caiu e pediu pênalti. No lance seguinte, o Cruzeiro deu o troco, em um chute de Wellington Paulista para fora.
Aos sete minutos, o Cruzeiro levou um susto. Fábio tentou driblar Cleverson, perdeu a bola e quase entregou o ouro. O meia alvirrubro ficou sem ângulo e não aproveitou a oportunidade. Mas o Náutico chegou novamente, com Auremir, que foi ao fundo, pela direita, e cruzou. A bola chegou a Lúcio, que bateu cruzado, com força, mas para fora.
O Cruzeiro pressionava a saída do Timbu e até tinha mais posse de bola, mas só conseguia chegar à área adversária com bolas alçadas de faltas cobradas da intermediária. Montillo era marcado individualmente por Derley e reclamava das faltas sucessivas do volante.
A Raposa só chegou com perigo aos 23 minutos. Após boa jogada individual de Wellington Paulista, a zaga rebateu o cruzamento, e a bola sobrou para Souza. O meia bateu da entrada da área para defesa de Gideão. Já o Timbu insistia em jogar pelo centro, justamente onde a marcação celeste era mais forte. As costas de Marcelo Oliveira se ofereciam como caminho, mas pouco foram usadas.
O lance que chamou mais atenção no primeiro tempo não um foi uma chance de gol, mas uma confusão com a arbitragem. Aos 36 minutos, Charles, do Cruzeiro, recebeu o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho, após cometer falta. Auxiliado pelo bandeira, o árbitro voltou atrás e transferiu o cartão para Diego Renan, que também participou do lance.
Náutico x Fábio
As duas equipes voltaram mudadas para o segundo tempo. O lance polêmico envolvendo Charles, na primeira etapa, deu chance para mais um estreante. Willian Magrão foi para o jogo no lugar do volante amarelado. No Náutico, Rhayner e Sousa entraram na vaga de Cleverson e Glaydson, respectivamente.
O que não mudou foi a história do jogo. Os primeiros 15 minutos foram de muita disputa, faltas e cartões amarelos. No Timbu, Araújo dava muito trabalho à defesa adversária. Ele, que já havia tido uma chance aos 11 minutos, saiu na cara de Fábio, aos 17 minutos. O goleiro celeste fez uma grande defesa, na melhor oportunidade do jogo. Fábio foi, novamente, importante, pouco depois, em cobrança de falta de Souza.
O Náutico cresceu na metade do segundo tempo. Com três atacantes, após a entrada de Rodrigo Tiuí, o time da casa foi para cima. Aos 26 minutos, após escanteio, Derley cabeceou sozinho, quase dentro da pequena área, e jogou para fora.
O ímpeto do Timbu, no entanto, não durou muito. O Cruzeiro enrijeceu ainda mais a marcação e igualou o jogo, embora não chegasse com perigo ao gol adversário. Pior para as duas equipes, que ainda não venceram na competição e seguem em busca do melhor futebol.
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