“Primeiro temos que jogar pelo nosso caráter em defender um clube como o São Paulo, ter vergonha na cara para fazer o nosso melhor e buscar a vitória de qualquer maneira e a qualquer custo. Isso reflete em quem vai estar na arquibancada, mas não é nem só pelo torcedor. Jogamos por nós mesmos, pela nossa família, pelos funcionários que nos ajudam todos os dias, pela importância da Copa do Brasil e por nossa vergonha”, sentenciou.
Em um discurso duro na última entrevista coletiva antes da partida na qual o anfitrião precisa vencer no Morumbi por, ao menos, dois gols de diferença para evitar a eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil, o capitão na ausência de Rogério Ceni cobra empenho superior ao da derrota por 1 a 0 no Moisés Lucarelli.
“Se perdemos, é porque faltou alguma coisa. O São Paulo, por sua qualidade, joga de igual para igual com qualquer time em qualquer lugar. Precisaremos ter mais vontade do que no jogo passado para vencer. Se entrarmos do mesmo jeito, não vamos ganhar e vai complicar muito porque já estamos perdendo por 1 a 0”, avisou o atacante.
Luis Fabiano antecipa que, se o time jogar como na derrota em Campinas, sairá do Morumbi desclassificado
“Infelizmente, estamos atrás, mas temos 90 minutos para reverter a situação. Condição e qualidade nós temos, agora é entrar com vontade. É a vontade que determina tudo no futebol e que vai definir o nosso caminho. Se entrarmos com vontade, a qualidade vai prevalecer”, continuou o ídolo da torcida.Como Leão já tentou fazer em sua entrevista nessa terça-feira, a ordem é diminuir o impacto do afastamento de Paulo Miranda, que nesta quarta-feira já trabalhou normalmente com o elenco, participando de atividade técnica com bola, mas ainda está vetado por ordem da diretoria a entrar em campo no Morumbi.
“Ter uma notícia dessas (o afastamento de Paulo Miranda da concentração) antes do jogo é meio assustador para os jogadores. Assusta como aconteceu, na hora que aconteceu, no dia do jogo. Na hora ruim, os problemas espirram para todos os lados. Mas vejo que todos superaram a situação e já esqueceram o episódio. Vejo um grupo disposto a reverter a situação e determinado a seguir na Copa do Brasil. Acatamos a decisão da diretoria e tentamos seguir a vida porque temos jogo importante”, disse Luis Fabiano.
Se Bruno Cortez, escolhido pela assessoria de imprensa do clube a dar entrevista no dia seguinte à polêmica, falou como se houvesse um pacto interno para fazer Paulo Miranda voltar a ficar à disposição de Leão no dia seguinte ao afastamento, Casemiro demonstrou entender bem o recado do capitão da equipe. Uma vitória com a classificação pode até ser dedicada ao zagueiro, mas o volante enaltece outros valores acima do apoio ao colega.
“Não é só pelo Paulo Miranda. É por profissionalismo, representamos uma hierarquia, um manto sagrado. O Paulo Miranda é um grande amigo nosso, mas temos que jogar pelo São Paulo, pela nação tricolor. Tem muita coisa envolvida além do Paulo Miranda. Penso na minha família, nos atletas em campo, na comissão técnica, nos atletas cortados... É muita gente envolvida”, afirmou o meio-campista.
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