Brasileiro tem atração incontrolável por salvadores da pátria. E bastaram duas boas apresentações para fazer brotar um princípio de burburinho pela volta de Ronaldinho Gaúcho à seleção.
Vamos com calma.
O jogo contra o Santos, histórico, foi o melhor de R10 com a camisa rubro-negra. Bonito de se ver, um flashback saboroso do grande craque do Barcelona.
Na vitória contra o Grêmio, Ronaldinho apareceu bem de novo, sem o mesmo brilho intenso do jogo anterior, mas com atuação digna de seu passado. Bons passes, uma ótima assistência e malandragem precisa pra fazer seu gol.
Não é pouco. Mas não é motivo para um clamor desenfreado pela volta à seleção.
Desde a chegada, o dentuço vinha razoavelmente bem no Flamengo. Não faltou a treinos, não se atrasou, não criou problemas disciplinares, não teve acessos de estrelismo e fez jogos que oscilaram entre o razoável e o bom.
Agora, ensaia uma subida de patamar. É fato.
Fez dois jogos diferenciados. Chamou a atenção e merece ser olhado como potencial convocado. Ainda mais se olharmos para a lista atual, em que Mano Menezes experimenta Renato Augusto, Fernandinho e Jonas. É a vez deles.
E a de Ronaldinho, se continuar assim, vai chegar em breve.
Se a CBF não marcar algum amistoso em data FIFA para o começo de Setembro, a próxima convocação será no fim deste mês, para a Copa Roca – dois jogos contra a Argentina, mês que vem.
E o detalhe: Mano só deverá chamar jogadores que atuem no Brasil.
Será uma deixa óbvia para uma nova oportunidade a R10. E até lá, um prazo sob medida para descobrirmos, nas próximas rodadas, se a regularidade de Ronaldinho Gaúcho voltou para ficar.
Mas por favor: sem pressa, campanhas ou atropelos.
Muita calma nessa hora.
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